Por minha morte serás responsável
E levarás contigo, na forma conveniente,
Este troféu que te dará luz nas noites
Em que precisarás de escuridão.
Trarás a súmula de tudo o que semeaste,
A forma, o modo e a intenção,
Embrulhado nesse papel dissimulado
Com que te escondes num sorriso manso.
E no cúmulo desse teu alto altar
No pináculo desse infindo cone
Em profunda solidão e pendurado
Encontrarás essa orgulhosa flor.
Onde, como é de bom saber
Reside a eterna vítima
Que, de um qualquer mal inicial
Se encontra indevidamente ofendida.
E descansa que o corpo não levas
Esse seguirá o seu caminho até às cinzas
Nas suas águas, no seu mar
No seu imenso azul.
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